sábado, 2 de novembro de 2013

Manoelices de Maurilo


Maurilo e sua Sophia

Maurilo acordou, um dia desses, se achando Manoel. De Barros. Acho que foi de tanto ler. Maurilo lê muito. E, por isso, escreve bem. Tanto que, naquele dia, quando li Maurilo escrito, achei que fosse Manoel. 

Cheguei à conclusão de que, naquele dia, Maurilo acordou cheio de manoelices. Não pude deixar de sorrir. Sei identificar de longe uma manoelice, mesmo quando elas vem pelas letras de Maurilo. 

Por isso, partilho neste espaço as manoelices de Maurilo. Porque hoje é sábado.

Definições
*Por Maurilo Andreas


Saudade é quando o coração só tem olhos pra o que a gente não vê.



O Futuro é um bicho que jamais existe e que a gente insiste em tentar enxergar e se convencer de que vai ser diferente. O grande segredo do Futuro é fazer parecer que está lá quando na verdade ele já passou. A cor do Futuro é aquela que a gente nunca vai encontrar.



A Palavra é um bichinho que se deve guardar muito bem, porque quando escapa se metamorfoseia e chega diferente no outro. Palavra quando sai e volta, sempre retorna outra. Sua cor são todas.



A Tristeza é um tipo de sanguessuga, que esvazia a gente e que engole horizontes. Muda de tamanho e se encolhe e mesmo que pareça ter ido embora, sempre pode voltar de repente. Tem a cor do vazio.

*Maurilo Andreas é um amigo, um grande amigo. Publicitário, escritor, contador de histórias, pai de Sophia e, desconfio, de vez em quando amanhece contagiado pelo pensamento de outro grande poeta - Manoel de Barros.   

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