Por Raquel Anderson
Datas
Comemorativas passam incólumes …
Como
vaga-lumes, alegrias e queixumes brilham e ofuscam o imaginário da gente e a
certeza na mente de que o monumental Santuário Ecológico é a referência mor, o
eldorado do passado e a miragem que assombra de incertezas a manutenção dessa
beleza, onde o Homem cuida, descuida, protege e, como fez Francelmo, mais que a
utilização de um elmo, ele deu sua vida, certo de que a contrapartida seria o
compromisso, sublimou com sua atitude contundente, engendrou-se com a força que
queima, solidificou-se na simbologia maior da coragem seu grito eterno que
ecoará no cenário mundial as fragilidades do Pantanal.
Manoel de Barros |
Manoel de
Barros versou, o mundo todo ele encantou com seu olhar brejeiro e suas
observâncias, eterno menino se fez e nos levou ao paraíso pantaneiro.
Paulo Simões |
Paulinho
Simões e Geraldo Roca nos ensinaram como uma oração, no mais iluminado momento
de inspiração, ”que o medo viaja também sobre todos os trilhos da terra,
enquanto este velho trem atravessa o Pantanal” sem imaginarem que estava dado o
sinal para o hino não oficial que de forma magistral não cansamos de ouvir na
bela voz do Almir.
Aprendemos
com a oralidade da literatura pantaneira e cravamos na retina do nosso olhar
com o despertar da imaginação e curiosidades, onde o empírico sobrepõe o
científico e o prazer da leitura in loco nos embrenha no mato, onde extraímos
os mais nobres ensinamentos, todo encantamento advindo da natureza, dos bichos,
da relva, da bosta da vaca, dos silêncios na mata, do cavalo que transpira
parado, da beleza do arrebol, da isca no anzol e, como o Manoel, “beato de
ouvir prosas dos rios” ali passamos noites a fios a espreitarmos a onça, a
aprendermos que elegância e delicadeza residem no andar devagarinho, pé ante
pé, cuidado com o jacaré, com o filhote do passarinho, com a leveza da
borboleta, com as rãs acordando as manhãs repletas de magias , consumidos pelas
alegrias reverenciamos o Pantanal e seu ator principal, o Homem Pantaneiro,
invocando Manoel, o que é um privilégio, através de seu relato que, de
fato, é o Homem Pantaneiro,” um florilégio de abandono”!!!
Geraldo Roca |
Almir Sater |
Feliz Dia do
Pantanal a todos os seres vivos, aos bichos que já morreram e aos seres humanos
que no Pantanal viveram e nos deixaram indeléveis lições de cultuação e
gratidão ao bioma mais magnífico do planeta!!!
Nooossa Maranhão, você arrasa com esse seu olhar maravilhoso que vê a vida como poucos, deixou suas marcas aqui no Pantanal e carregará pata sempre todo o bem que essa terra lhe fez.
ResponderExcluirObrigada pelo prestígio e tanto carinho!!
Valeu amigo!
Forte abraço!!