Maurilo e sua Sophia |
Maurilo acordou, um dia desses, se achando Manoel. De Barros. Acho que foi de tanto ler. Maurilo lê muito. E, por isso, escreve bem. Tanto que, naquele dia, quando li Maurilo escrito, achei que fosse Manoel.
Cheguei à conclusão de que, naquele dia, Maurilo acordou cheio de manoelices. Não pude deixar de sorrir. Sei identificar de longe uma manoelice, mesmo quando elas vem pelas letras de Maurilo.
Por isso, partilho neste espaço as manoelices de Maurilo. Porque hoje é sábado.
Definições
*Por Maurilo Andreas
Saudade é quando o coração só tem olhos pra o que a gente não
vê.
O Futuro é um bicho que jamais existe e que a gente insiste em
tentar enxergar e se convencer de que vai ser diferente. O grande segredo do
Futuro é fazer parecer que está lá quando na verdade ele já passou. A cor do
Futuro é aquela que a gente nunca vai encontrar.
A Palavra é um bichinho que se deve guardar muito bem, porque
quando escapa se metamorfoseia e chega diferente no outro. Palavra quando sai e
volta, sempre retorna outra. Sua cor são todas.
A
Tristeza é um tipo de sanguessuga, que esvazia a gente e que engole horizontes.
Muda de tamanho e se encolhe e mesmo que pareça ter ido embora, sempre pode
voltar de repente. Tem a cor do vazio.
*Maurilo Andreas é um amigo, um grande amigo. Publicitário, escritor, contador de histórias, pai de Sophia e, desconfio, de vez em quando amanhece contagiado pelo pensamento de outro grande poeta - Manoel de Barros.
Adorei!
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