segunda-feira, 29 de abril de 2013

Volta por cima

Vanzolini, um homem de moral. 
Terminei o domingo sabendo da morte de Paulo Vanzolini. Morrer é o fechamento de um ciclo da natureza humana. A morte em si e inevitável. Todos o sabemos. Da mesma forma, inevitável é o lamento, toda vez que ela nos leva alguém próximo. Ainda que essa proximidade se dê apenas no imaginário.

Assim era a minha proximidade com Vanzolini. Imaginária. Uma proximidade construída desde as minhas audições ocasionais de infância. Quando o rádio era o meio mais veloz de comunicação entre os seres humanos, a nossa internet do passado.

A música de Vanzolini ocupava as ondas do rádio pela voz de grandes artistas. E nos invadia o cotidiano em canções que grudavam em nossa mente como um saboroso drops de anis. Ontem, os noticiários me fizeram recordar que, além de sambista e letrista vigoroso, Paulo era também um cientista de mão cheia. Vivia uma vida dupla entre a ciência de viver e o viver de cantar.

A morte, como disse lá em cima, nos é inevitável. No caso de Paulo Vanzolini, foi-se o corpo, ficaram as canções. Ai embaixo, o trailer do documentário "Um homem de Moral",  feito em 2009, pelo cineasta Ricardo Dias, que conta um pouco da história do autor de, entre tantas outras canções inesquecíveis, "Volta Por Cima".

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