Cena da novela Cordel Encantado |
No ar há uma semana, a novela me fez lembrar de um antigo professor, dos tempos da UNISINOS, de quem eu gostava muito, Francisco Diana Araújo. Araújo, como o chamávamos, era e continua sendo um dos meus ídolos. Foi quem me ajudou a enxergar o mundo da comunicação com ciência e com prazer.
Ele era apaixonado por telenovelas. Se ainda estiver vivo - espero que sim - certamente está com os olhos grudados na telinha, escrevendo suas críticas e análises, mas sobretudo, curtindo o espetáculo. Pois bem, o Araújo nos dizia sempre: "Vocês, estudantes de comunicação, tem obrigação de assistir TV com outros olhos. Enxergar além, com olhar de pesquisador, de especialista. Nada na televisão é de graça, é por acaso".
Como a novela vai ao ar às seis da tarde, horário em que o meu dia de trabalho ainda não terminou, programo a TV e gravo todos os capítulos para assistir antes de dormir, ou nas madrugadas, enquanto faço a minha corrida na esteira.
Thelma Guedes e Duca Rachid |
Estão ali todos os ingredientes encontrados nos maiores clássicos da literatura ocidental - mocinhos, bandidos, poder, frustração, filosofia, religião, amor, ilusão, dor, humor e diversão. Reparem nos detalhes do figurino; na riqueza dos cenários; na qualidade da iluminação e na bela fotografia obtida com as moderníssimas câmeras F35, que valorizam ainda mais as cenas gravadas na França ou no sertão de Sergipe.
Pra fechar essa conversa, não descuide da trilha sonora. É um espetáculo à parte. Reproduzo aí abaixo a abertura da novela, uma bela música interpretada por Gilberto Gil e Roberta Sá.
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