Composição de cena: Odette de Castro Foto: Flávio de Castro |
Há uma sensação comum a todos os fins, uma pontuação do tempo.
O fim, visto ao avesso, nada mais é do que um começo.
Lá onde os meus olhos não alcançam, me salva a escrita.
As letras preenchendo o vazio do branco dão sentido ao que sinto.
Passam as horas, os dias, passa o tempo sem que haja perspectiva de volta.
A única certeza é o desconhecido do que está por vir.
O incerto conjugando o verbo virá.
À minha volta, um eito de sensações.
Em meu peito, um fiozinho de melancolia.
É da natureza humana emocionar-se,
mesmo que em silêncio, com a passagem do tempo.
Deixo que as frases percorram o caminho lógico
entre a minha mente e os meus dedos.
Vejo as flores, diante da máquina de escrever de Odette.
As flores miúdas.
O chiaroscuro casual.
A luz filtrada na transparência do vaso.
Tudo ali é equilíbrio
Tudo ali é novidade nova à espera
de ser traduzida pelo barulho das teclas,
pela força das letras no papel branco.
Para que o vazio
não prevaleça sobe a pontinha de
esperança que insiste em me acompanhar.
No horizonte, vejo os primeiros sinais do
ano novo que se avizinha.
Uma passagem do tempo.
Mais uma.
E eu, viajante, me ponho cá,
emocionado e vivo.
A te esperar.
Voilà, 2014!
Que a inspiração continue lhe sendo companheira em 2014. Não há como não ser um ano maravilhoso.
ResponderExcluirAté lá!
Abração.
Auci
Que 2014 chegue com mais postagens suas... é bom ter amigos que escrevem bem!
ResponderExcluirbjs