Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Imagino aquele senhor velhinho pela idade e altivo pelo orgulho, cruzando a linha do horizonte, fim de tarde, ali onde hoje está plantado o memorial que sustenta o seu nome.
Imagino o por-do-sol tomando emprestado o seu rosto e ocupando o seu olhar.
Imagino o filme da vida dele passando em sua memória, na mesma velocidade dos carros que cruzam as largas vias do Eixão.
E o vento das horas a desalinhar suavemente seus poucos cabelos brancos, livres do chapéu que segura, na mão contrária à da bengala.
Imagino a trilha sonora de uma sinfonia popular, contagiando o fim do dia e saudando a luz de veludo da noite do cerrado, que se avizinha.
Imagino ele a refletir sozinho: Como é que dei conta disto tudo? E se permitindo o esboço de um sorriso leve, de canto de boca. Daqueles que só os visionários podem ter. Daqueles que trazem o sabor da certeza e da ousadia.
Brasília te celebra em sua memória tatuada no horizonte.
Obrigado, fundador. Parabéns, JK.
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