domingo, 18 de agosto de 2013

Um amor brasileiro


Um Rio que não está mais lá. Um história que pouca gente sabia ter acontecido. Uma mulher forte e decidida. A outra, contida e repleta - de poesia. Duas mulheres surpreendentes. Um amor surpreendente, ousado, sensível e inovador. Um filme brasileiro, com sotaque americano, que nem por isso lhe tira a brasilidade . Uma mistura com jeito de combinação, dessas que vieram para dar bem certo.

Bruno Barreto
Bruno Barreto resgatou uma história esquecida em alguma gaveta do tempo. Aconteceu aqui, no Brasil,  entre os anos 50 e 60, em meio a um período de mudança de rumo político que marcaria o Brasil por várias décadas. O lapso de tempo que marcou a triste passagem da democracia para a ditadura militar feriu profundamente a liberdade. Mas nem isso impediu uma intensa história de amor acontecer. Flores Raras é mais do que um filme sobre um amor homossexual. É um filme de amor e poesia.

Bishop e Lota, na vida real.
Um amor entre Lota de Macedo Soares, no filme vivida magistralmente por Glória Pires, uma arquiteta sobre quem, confesso, eu pouco ou nada sabia, e Elizabeth Bishop, interpretada pela australiana Miranda Otto, uma poeta americana, que floresce para a poesia e para o mundo enquanto viveu seu grande amor brasileiro.

Glória e Miranda, em cena, como Lota e Bishop
Um belo roteiro, uma direção de arte impecável, uma trilha sonora encantadora. É filme que pormete ter uma trajetória vencedora. Se tiver chance, não deixe de assistir.

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