Townes Van Zandt - If I needed You. Porque hoje é sexta, quase sábado. E às vezes, a gente precisa.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Mudando
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Lisa Mills |
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Um país inteiro ao meio
Enquanto volto pra casa, sob a chuva, o limpador do
para-brisa me deixa entrever as luzes da cidade. Sensação de ser dono de
Brasília. Poucos carros. Imensidão. Ressaca democrática. Alívio e descompasso.
Faz pouco que terminou a eleição em que Dilma venceu Aécio com
a menor vantagem da história das eleições do país. 51,45% a 48,55%. Visto do
alto de um Brasil de mais de 200 milhões de habitantes, dos quais quase 149
milhões são eleitores, a diferença é um traço, é ínfima, é um grão de areia.
Pensando assim, trafego sobre rodas em um país dividido ao
meio. Meio cheio, meio vazio, como o copo filosofal. Dependendo do ponto de
vista. A noite de domingo, mais pra madrugada de segunda, pede calma, fôlego e
reflexão.
Foi isso o que os dois candidatos trataram de fazer em suas
primeiras aparições públicas. Três palavras são importantes: paz, união e
diálogo. O resto é detalhe. É isso o que nós precisamos agora. Todos.
E, pelo bem do país, devemos nos conter nas redes sociais.
Devemos aplacar nossa ira insana, rejeitar as provocações, fugir de qualquer
preconceito. Devemos seguir orgulhosos de nossas posições pessoais, sem
recorrer à soberba, ao pedantismo, à arrogância.
Um país novo, em construção, é o que temos nas mãos. Um país
que experimentou a dor e o sofrimento, a angústia e o medo, em poucas horas do
dia. Certamente, o hoje foi um dos dias mais longos da história. E o será por
um bom tempo, tenho certeza.
Dilma e Aécio acordaram candidatos. Atravessaram o dia como um
Moisés, em pleno deserto, até se deparar com a imensidão do mar vermelho. Só um
deles sairia inteiro do outro lado. Só um deles terá a missão de conduzir a
massa à margem oposta.
A estrada é longa, o tempo é curto.
A Nação dividida de hoje caminha seus primeiros passos,
trôpega de cansaço, carregada de dor, misto de sofrimento e euforia. Uma nação
cindida ao meio, mas absurdamente disposta a se reerguer da luta com a
dignidade de um país de dar orgulho. Um país uno.
Eis que a chuva passa.
Eis que a noite invade o que restou do dia e em silêncio a
Pátria amada, mãe gentil, acolhe o que restou de nós. De todos nós, filhos
deste solo definitivo, chamado Brasil!
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
O sonho, a música, o tempo
Acho que já contei aqui no blog como fui tomado pela música dos Beatles. Desde pequeno. De forma rápida, para os que não sabem ou não leram, eu conto de novo.
Parecia que, naquele horário, todos os rádios de todas as casas sintonizavam o mesmo ponto do "dial". E a minha caminhada de volta tinha sempre a mesma trilha sonora. Uma melodia doce, apaixonante, que, na minha meninice, eu nunca decifrei de quem era, mas que era capaz de me emocionar desde os primeiros acordes.
Eu ia caminhando sem perder um trecho sequer da música. Quando uma casa passava e o som se distanciava, em seguida outra porta aberta, outra janela, me traziam de volta a canção.
Anos mais tarde, já em Foz do Iguaçu, para onde o Exército Brasileiro transferiu meu pai, um amigo perguntou se eu conheci os Beatles. Disse que não. E ele não sossegou enquanto não me pôs pra ouvir um long play dos garotos de Liverpool que àquela altura (início da década de 70) tomavam conta do mundo.
Para minha surpresa, quando a primeira música começou a tocar, me levou de volta para aqueles dias de caminhada entre a escola da minha infância e a casa onde eu nasci. Então, descobri: aquilo era Beatles. Aquilo que eu ouvia e me emocionava. Desde então, eles nunca mais deixaram de fazer parte da trilha sonora da minha vida.
Não tive a chance de ver John, Paul, George e Ringo juntos, senão na TV e no cinema. Mas agora, a parte alcançável do meu sonho atende pelo nome de Paul McCartney. E vai estar bem aqui pertinho de mim, em Brasília.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Chove em Brasília
Por Renata Sanches (Por que eu me identifico e gosto tanto do texto dessa moça?)
Curto, objetivo, direto e poético:
"E ela chegou de verdade, caudalosa, molhada, em versão profissional, no pacote completo: picos de luz, Sky HD fora do ar, e uma ventania de filmes de terror!"
Renata Sanches sobre a chuva que molhou Brasília
Curto, objetivo, direto e poético:
"E ela chegou de verdade, caudalosa, molhada, em versão profissional, no pacote completo: picos de luz, Sky HD fora do ar, e uma ventania de filmes de terror!"
Renata Sanches sobre a chuva que molhou Brasília
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Reinvenção
Da minha janela
vejo uma terra em construção
vejo o tempo seco
e o Parque Nacional de Brasília
Da minha janela vejo
a imagem do nada refletido
o horizonte enfumaçado
brisa nenhuma no ar
Da minha janela
apesar disso tudo que vejo
vejo também que há espaço
pra seguir voando
Um vôo plano
calmo
como há muito não voava
Da minha janela vejo que o tempo
vai passando
e vejo que passo com ele
Nunca em brancas nuvens
Da minha janela
sigo me reinventando
a cada novo olhar
a cada novo vôo.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
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