domingo, 30 de março de 2014
Vida de modelo
Pensa que não? Por trás da champanhe, tem ralo. Muito ralo. Michelli Provensi é quem nos conta.
sábado, 29 de março de 2014
Último desejo da Kombi
Celso Grecco me escreve:
Olha isso, Maranhão!
O roteiro que eu gostaria de ter escrito.
Puta sacada!
Fui conferir. E ele tem razão. Eu já havia ficado encantado com o anúncio do "testamento" da Kombi, publicado nos grandes jornais, quando foi feito o comunicado de que ela não seria mais fabricada.
Agora abro o link que o Celso mandou e confiro os dados sobre um documentário hiper-bem bolado. Transcrevo abaixo o texto que explica a iniciativa. Em seguida, colo o filme que deu origem a esta mensagem do Celso pra mim.
A Kombi é uma marca, é um produto, é um veículo. Mas é muito mais que isso no imaginário do brasileiro. Quando eu era criança, me lembro de ter ganho uma Kombi de brinquedo. Era uma espécie de sonho de todo menino, brincar de carrinho, e de preferência que o carrinho fosse uma kombi.
Vendo o filme, lendo o "testamento", senti uma emoção de menino, ou de um adulto que se despede de um amigo valioso. Essa relação homem/objeto-humanizado seria digna de estudo, para os intelectuais. Nesta noite de sábado, é apenas digna de uma memória boa, de um sentimento verdadeiro
Vale a pena ler e assistir.
O texto
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Celso Grecco |
O roteiro que eu gostaria de ter escrito.
Puta sacada!
Fui conferir. E ele tem razão. Eu já havia ficado encantado com o anúncio do "testamento" da Kombi, publicado nos grandes jornais, quando foi feito o comunicado de que ela não seria mais fabricada.
Agora abro o link que o Celso mandou e confiro os dados sobre um documentário hiper-bem bolado. Transcrevo abaixo o texto que explica a iniciativa. Em seguida, colo o filme que deu origem a esta mensagem do Celso pra mim.
Vendo o filme, lendo o "testamento", senti uma emoção de menino, ou de um adulto que se despede de um amigo valioso. Essa relação homem/objeto-humanizado seria digna de estudo, para os intelectuais. Nesta noite de sábado, é apenas digna de uma memória boa, de um sentimento verdadeiro
Vale a pena ler e assistir.
O texto
A Kombi foi
idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 1940, que projetou a combinação
do confiável conjunto mecânico do Volkswagen Sedan em um veículo de carga leve.
O nome Kombi é
uma abreviação, adotada no Brasil, para o termo em alemão Kombinationsfahrzeug,
que, em português, significa "veículo combinado". Na Alemanha, o
modelo recebeu o nome VW Bus T1 (Transporter Número 1).
Nos últimos
anos, mesmo com a concorrência de vans maiores lançadas no mercado brasileiro,
a Kombi continuou merecendo a preferência de muitos clientes. Desde setembro de
1957 até setembro de 2013, foram produzidas mais de 1.560.000 unidades do
modelo na fábrica de São Bernardo do Campo.
Foram
necessários seis meses para que o documentário que registra o último desejo da
Kombi fosse finalizado. Ele reúne cenas das pessoas que viveram histórias
especiais com ela, vai até Owings Mills, no subúrbio de Baltimore (EUA), para
mostrar o designer Bob Hieronimous recebendo um presente da Kombi e,
finalmente, cruza o oceano para que ela, antes de partir, reveja seu irmão Ben
Pon Jr., em Amsfort, na Holanda.
O filme
Confira mais
desejos realizados da Kombi em: http://kombi.vw.com.br/pt/ultimos-des...
sexta-feira, 28 de março de 2014
Don de Fluir
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Jorge Drexler |
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La Shica |
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Rodrigo Teixeira |
Diz o Rodrigo que tocaram à noite toda sem perceber o tempo passar. Eu imagino... Eu imagino! Trocaria duas noites de sono para ter estado junto, fácil, fácil. Mas o que importa agora é essa preciosidade de filme que achei e que me fez sentir vontade de dançar, mesmo com a percepção de que o mundo cai à minha volta.
Don de Fluir é um misto de samba, rumba, sei lá o quê mais. Cantado de forma leve, deliciosamente leve. Livre, cheio de cacos, numa espécie de declaração divertida de amor. Uma cumplicidade entre Jorge e La Shica que nos faz rir apenas ao vê-los brincar no palco.
Então, vou deixar de tró-ló-ló e vamos logo ao filme. Aperte o play e aumente o som. E se quiser, fique à vontade pra dançar também, na segunda vez que assistir/ouvir (sim, porque você, como eu, certamente vai querer ver outra vez).
Universos Paralelos
O novo disco de Jorge Drexler, "Bailar en la Cueva" acaba de ser lançado e já está disponível no iTunes. De lá, sai esta pérola, "Universos Paralelos".
Director de Fotografía: Nacho López
Coreografía: Patricia Ruz
Bailarines: Jorge Drexler, Javier Limón, David Trueba y Toni Garrido
quinta-feira, 27 de março de 2014
Correspondência
Meu pai escreve para minha filha.
Como haveria de ser?
Imagino, pelo Correio.
Imagino, uma crônica.
Imagino, numa tarde de quinta, chuvosa.
Daí pra frente, a imaginação pode ser qualquer coisa.
Tudo é possível.
Sem nenhuma dúvida, um envelope recheado de novidades boas.
Dessas que só os avôs conseguem traduzir para os netos.
Uma carta de amor.
De avô pra neta.
Porque a vida é cinema.
E o amor é filme.
Como haveria de ser?
Imagino, pelo Correio.
Imagino, uma crônica.
Imagino, numa tarde de quinta, chuvosa.
Daí pra frente, a imaginação pode ser qualquer coisa.
Tudo é possível.
Sem nenhuma dúvida, um envelope recheado de novidades boas.
Dessas que só os avôs conseguem traduzir para os netos.
Uma carta de amor.
De avô pra neta.
Porque a vida é cinema.
E o amor é filme.
segunda-feira, 24 de março de 2014
domingo, 23 de março de 2014
Carta para Ana Miranda
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Ana Miranda - Foto Marcelo Bessa / 2011 |
Querida
Ana Miranda
(me permita o querida, ele é verdadeiro e respeitoso).
Não
nos conhecemos fisicamente.
Entretanto,
eu te conheço de longa data.
Para
ser mais exato, desde quando o meu amigo e jornalista Luca Maribondo
surgiu com a informação de que era teu parente (primo, ele dizia). Adoro o
Luca. Mas custei a levá-lo a sério nessa história.
Entretanto,
sendo ou não verdadeira, ela me serviu para estabelecer uma ponte definitiva
contigo. Viramos amigos íntimos, ainda que não saibas disso.
Impulsionado
pelas primeiras leituras, fui atrás de outros escritos e de teus contos, e de
teus livros, e de tua poesia. Fiquei encantado com a tua forma de contar
histórias. Meus olhos se fartaram de emoção lendo "Prece a uma aldeia
perdida".
Cruzas
o meu caminho mesmo sem querer. A cada domingo, troco impressões com meu pai
sobre um espaço destinado a crônicas no Correio Braziliense. Ele me fala de
Affonso Romano de Sant'Anna, com quem divides o espaço. Eu falo de ti. E assim seguimos numa
jornada literária que não tem fim.
Hoje,
especialmente, fiquei comovido, extasiado, encantado.
Poucas
vezes na vida li uma declaração de amor tão explícita como a que fizestes a
Arduino Colasanti.
Pelas
tuas linhas, percorri uma Brasília imaginária.
Vislumbrei
a Escola Classe, a árvore plantada, o céu de Brasília. Pelas tuas
mãos,
reconstruí a imagem de um homem/mito, um semideus, um Apolo (ou um Netuno) em carne e osso - e
ainda mais, sensível, terreno, ao alcance das mãos.
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Arduino em três tempos: Surfista... |
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…Galã... |
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… e mito. |
Depois
de te ler, vou passar algumas noites tentando traçar a linha celeste,
a
partir do Cruzeiro do Sul, que me dê um rumo qualquer. O necessário para
que eu possa dizer - Sim, compreendi a língua das estrelas, que Arduino
ensinou a Ana.
Teus
dedos generosos me fizeram acreditar em um amor maduro. Algo que me seduz cada
vez mais - a tranquilidade e a simplicidade de viver.
Está
ai um tipo de amor que certamente a gente só enxerga depois de ter vivido.
Ou,
de forma lírica, quando se lê a voz de outro, contando uma história viva.
Contraditório? Pois, que seja.
Tua
escrita é quase uma declamação. Não sei de tua voz, mas te ouço falando cada
uma daquelas palavras. E justo essa sensação me encheu de coragem para te
escrever. Para te agradecer por temperar o meu domingo.
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Arduino Colasanti - Foto de Leonardo Aversa |
Prata, papel e Luz ou, Zé Rosa
Conheci o Zé Rosa na casa de Mauro Di Deus. Mauro tem dessas coisas. Vai apresentando gente, apresentando livro, apresentando música, apresentando amores, apresentando coisas e mais coisas. Mauro, concluo por fim, é um apresentador.
Zé é um sujeito grandão. Mal cabe em uma fotografia. Mas fotografa tudo, e tanto, e sempre, com uma paixão que dá gosto de ver. Mas não fica só nisso. Zé distribui a sua paixão como gripe que pega fácil em menino. Os meninos e meninas que conhecem o Zé Rosa logo ficam gripados de fotografia. Ficam enfotografados.
Zé carrega há anos um projeto embaixo dos braços e diante dos olhos: O Fotolata. Com ele, ensina a mágica da luz e da sombra. Com ele transforma meninos e meninas de Ceilândia e Samambaia em futuros Cartier-Bressons, ou Sebastiãos Salgados. Vai longe, esse Zé. Bem mais longe do que a falta de apoio pode imaginar.
Dele já ganhei uma foto de Brasília à noite. Que guarda lugar especial em minha vida. Hoje, Zé Rosa me deu outro presente. Está na capa do Correio Braziliense, na mais essencial tradução do "Prata, Papel e Luz". Pra quem nunca ouviu falar dele, está ai: Muito prazer, Zé Rosa!
Cálice! 30 anos depois.
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Gil, Joan e Milton |
Acompanhada por Milton e Gil, cantou, quase em oração - Cálice. De resto, não se precisa dizer mais nada. Apenas ver, ouvir e emocionar-se.
Memória
Lisboa.
Que estranha magia me provocas.
Meus dias de menino.
Minhas lembranças remotas
de uma ilha de cantaria. São Luis.
Ladeiras, bondes, colinas e mar.
Tudo ali me representa.
Tudo ali me contém a alma.
Que estranhos dias enfrentas
que me fazem arder o coração?
Lisboa…
Na calmaria, tudo é passageiro.
Até a dor.
Até a dor.
Que estranha magia me provocas.
Meus dias de menino.
Minhas lembranças remotas
de uma ilha de cantaria. São Luis.
Ladeiras, bondes, colinas e mar.
Tudo ali me representa.
Tudo ali me contém a alma.
Que estranhos dias enfrentas
que me fazem arder o coração?
Lisboa…
Na calmaria, tudo é passageiro.
Até a dor.
Até a dor.
No quintal do Zeca
Lá, no quintal do Zeca Pagodinho, é assim. Todo dia tem cara de domingo. Samba pras moça. Com Mariene de Castro.
Isa?
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Cláudia Ohana, vestida de Isa. |
Abro o jornal e levo um susto: Isa, minha irmã foi parar na capa do Correio! Não era. Era só a Cláudia Ohana incorporada em seu novo personagem, mas como me lembrou a Isa.
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Isa, vestida de Isa e parecida com a Cláudia Ohana. |
sexta-feira, 21 de março de 2014
Que futuro?
A mensagem é dedicada a uma mãe que descobre estar carregando em seu ventre uma criança com Síndrome de Down. Antes, pensava-se tratar de uma doença. Hoje, a ciência nos informa que a síndrome é o resultado de uma alteração no número de cromossomos.
A futura mãe se pergunta: Que futuro aguardará o meu filho? A resposta é carinhosa, acolhedora, corajosa e emocionante. Bem como deve ser. O suficiente para nos fazer refletir a todos.
Mais de dois milhões de pessoas já viram o filme. E vale a pena ser visto por muitos mais. Eu estou dando a minha contribuição. Clique ai e veja também.
quinta-feira, 20 de março de 2014
Potinhos
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A banda mais bonita da cidade |
Quando eles surgiram houve quem amasse e quem odiasse. Como, aliás, acontece com quase tudo. Tem quem goste e quem desgoste. No caso da Banda Mais bonita da Cidade, o tempo mostrou que "o amor venceu o ódio". Os meninos são bons mesmo e vieram para ser muito mais do que uma "Oração".
Embora, na minha opinião, o sucesso de "Oração" tenha sido a mola propulsora de uma carreira que está só no começo. O clip chiclete grudou na mente da gente como uma dízima periódica. Quem ainda não viu está perdendo. Mas isso já faz algum tempo.
Agora eles estão trabalhando a divulgação de um novo disco. Um disco conceitual, não muito fácil de assimilar, sem um apelo popular, mas delicioso para as horas de calmaria, típicas das manhãs de domingo ou dos invernos de solidão. O mais feliz da vida. Tá ai, pra você baixar a hora que quiser.
Mas hoje, daqui a pouquinho, eles estarão cantando em Brasília. Lá na FNAC do Park Shopping. O show é de graça e começa às sete e meia da noite. Imperdível. Portanto, faço minhas as sábias palavras daquele famoso filósofo que disse: "Corre, negada! Que ainda dá tempo."
Cachaceiros
Por Matta Machado
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Matta Machado |
Abel gostava de cachaça, mas via-se muito tolhido em seu
salutar hábito de ficar bêbado. Em sua casa portas da rua trancadas. Ele
vigiado, quase amarrado. Abel é um assombro porque mesmo assim, mostra-se compreensivo.
Cordato com todas essas injúrias conforma-se com a prisão …
Os dias passam. Agora ele, sem gritos, sem rancores, sem
alarde, consegue mais de uma vez embriagar-se. Para espanto e indignação de
seus algozes. Ele foge? Como? A
bebida só pode estar escondida, concluem. Reviram a casa, os armários, as gavetas,
as prateleiras, o inferno. E nada. Aonde fica escondida essa maldita pinga? Abel
está agora ressabiado. De soslaio, caladinho observa a revolução que aprontam
em sua casa. A mulher, os filhos, as empregadas, seus cunhados, seus vizinhos, todos
desesperados para encontrar as bebidas.
Um dia rindo, gozando, debochando-se de todos, contou
(num botequim - é evidente) a sua mágica: no vasto quintal de sua casa havia
cajueiros carregados. Ardiloso, paciente e previdente, injetara, com todo
capricho, umas dezenas doses de pinga em cada fruto quase maduro.
Passava os dias... Comendo e bebendo.
Caju
- é claro.
Salute!!
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